Família denuncia intolerância religiosa em hospital no sul da Bahia após psicóloga impedir visita de pastor a paciente em UTI

  • 22/01/2025
(Foto: Reprodução)
Caso aconteceu no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, na terça-feira (21). Unidade de saúde diz que horário de visita havia encerrado. Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus Camila Souza / GOVBA Duas mulheres relatam que foram vítimas de intolerância religiosa no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, no sul da Bahia, na terça-feira (21). A unidade de saúde nega a violência. [Confira o posicionamento abaixo] As irmãs Dalete e Josiane frequentam a Igreja Adventitsta do Sétimo Dia e decidiram levar um pastor para visitar o pai, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Mas, de acordo com elas, o religioso foi impedido de entrar pela psicóloga de plantão. O pai das mulheres é João Soares Santos, de 72 anos. Ele deu entrada na unidade de saúde no sábado (18), quando foi internado para fazer uma amputação decorrente da diabetes. Na segunda (20), o idoso precisou ser transferido para a UTI por conta de problemas renais e segue internado desde então. A recusa em levar o pastor até a sala onde está João Soares ocorreu logo na primeira visita das filhas à UTI. As mulheres afirmam que procuraram a direção do hospital, mas não conseguiram falar com os responsáveis pelo setor. Elas acionaram a Polícia Militar, que tem um posto montado do lado de fora do HRCC, e foram orientadas a prestar queixa. A ocorrência foi registrada na 1ª Delegacia Territorial (DT/Ilhéus), que investiga o caso. As irmãs também pretendem buscar apoio judicial, uma vez que a Lei Federal nº 9.982/2000 garante a liberdade de crença e o acesso à assistência religiosa em espaços de internação. LEIA MAIS Primeira delegacia de combate ao racismo e à intolerância religiosa da Bahia é inaugurada Mulher investigada por racismo em pet shop diz a colegas que 'perdeu o controle', mas fica em silêncio durante depoimento na Bahia Eu Te Explico #117: violência contra a fé - como a intolerância religiosa está ligada ao racismo e os desafios no combate a esse tipo de crime Em nota, o HRCC disse que "naquele momento, as visitas foram temporariamente suspensas devido a uma intercorrência grave com outro paciente". "Ressaltamos que o pastor não foi impedido de realizar a assistência religiosa, mas seu acesso foi adiado em virtude das circunstâncias. A equipe informou e orientou os familiares sobre a continuidade das visitas, reafirmando que a UTI é um ambiente de cuidados intensivos, sujeito a ajustes nas rotinas por questões de segurança dos pacientes", reforçou a unidade de saúde. A assessoria do hospital ressaltou ainda que segue "integralmente" a lei federal, mas pontuou que todos os religiosos devem respeitar as normas internas da instituição para preservar a segurança e o bem-estar dos internados. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/01/22/familia-denuncia-intolerancia-religiosa-em-hospital-de-ilheus.ghtml


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