Dia do Rock: músicos do interior de SP dão dicas de como fazer 'scream', técnica vocal popular entre os os fãs do heavy metal

  • 13/07/2025
(Foto: Reprodução)
Com diversos tipos de distorção de voz, o 'scream' é uma técnica que pode ser aprendida em qualquer idade ou gênero. Segundo especialista, se feito da maneira correta, com preparação e estudo, ele não prejudica a voz. Equipe da School of Rock de Jundiaí (SP) durante gravação de música com ‘scream’ School of Rock de Jundiaí/ divulgação Como esquecer o "grito" de 17 segundos ininterruptos de Chester Bennington durante a canção "Given Up" do Linkin Park? Qualquer um que ouça pela primeira vez vai se surpreender com a duração e o fôlego necessário para a ponte da música. Essa técnica vocal, que exige muito dos artistas, é conhecida como scream, usada com frequência em subgêneros do rock como heavy metal, punk rock e death metal. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Paulo Sergio Braga da Silva Gualtieri, de 27 anos, é cantor, compositor e professor de canto de Várzea Paulista, no interior de São Paulo. Neste Dia Mundial do Rock, celebrado em 13 de julho, o músico contou ao g1 que essa técnica "gritada" de cantar exige o uso do "drive", um efeito vocal que se assemelha à rouquidão ou o som de algo sendo rasgado. Com diferentes tipos de drive, é possível criar diversas distorções vocais que, segundo Paulo, são como peças encaixadas de um quebra-cabeça. "Podemos ver um exemplo na música 'Dream On', do Aerosmith, onde o vocalista faz uma nota aguda que se assemelha a um grito. Para dar mais essa característica a voz, podemos usar o 'drive', uma 'voz rasgada'. Dentro dos drives, também temos diversos tipos, por exemplo, o 'Fry Scream', muito utilizado por vocalistas de bandas de metalcore e gutural, tipo de 'drive' usado em músicas da banda Sepultura, por exemplo" explicou Paulo. Professor Paulo Gualtieri cantando em Jundiaí (SP) @lucas.dalamarta.photo/Divulgação Segundo o especialista, por mais agressivo que o som pareça, nenhum tipo de ajuste vocal é prejudicial à voz se for feito da maneira correta, com o preparo e estudo necessário. "Eu sempre falo para os alunos que é como na academia: você sempre precisa fazer um aquecimento, levantar pesos mais leves para depois ir para os mais pesados. É sempre bom, além de aquecer, fazer exercícios para aumentar o alcance vocal do cantor, que precisa ser afinado, para que assim, ele consiga avançar para as variações vocais", destacou Paulo. Apesar da internet ser uma boa fonte de estudo musical, Paulo destaca que é importante buscar um profissional fora do ambiente virtual para começar os exercícios de voz, principalmente se for alguém que gostaria de começar a cantar rock pela primeira vez, afinal, se os exercícios forem feitos de forma errada e sem supervisão, eles podem agredir a voz dos cantores e atrasar seu aperfeiçoamento. Paulo Gualtieri é um cantor, compositor e professor de canto de Várzea Paulista (SP) @lucas.dalamarta.photo/Divulgação 🤘 'Rock n roll não tem idade nem gênero' A escola de música onde Paulo Gualtieri leciona fica em Jundiaí. Com exclusividade para o g1, alguns alunos, junto de professores e do diretor da escola, gravaram uma versão da música "Dream On", da banda Aerosmith, demonstrando técnicas diferentes de scream, sendo feitas por cantores de idades e gêneros diferentes, afinal, segundo Paulo, o rock n roll é para todos. Assista mais abaixo. Dia do Rock: músicos do interior de SP dão dicas de como fazer 'scream' Lívia Parra Nicolino, aluna de 17 anos que participou da performance, contou que demorou cinco meses para conseguir fazer o scream desde que começou a cantar rock. Segundo ela, cantar dessa forma exige de todo o corpo do cantor, por este motivo, alguns profissionais até aquecem a voz cantando enquanto correm na esteira. Para ela, fazer o scream vai muito além da técnica e de distribuir a voz para toda a região da boca, mas também é importante ter confiança em si mesma. "A gente usa o abdômen, que chamamos de apoio, e também a técnica das costelas abertas, como se a gente levasse um susto. É uma técnica de respiração porque quando a gente força esse 'susto' é como se a gente tivesse ar infinitamente. (...) Mas vai muito da sua segurança com a sua voz, sua autoestima, com você se sente, muita gente tem medo, mas depois que você aceita e aprende a técnica, dá certo", destaca a jovem. Lívia Parra Nicolino é aluna da School of Rock de Jundiaí (SP) Arquivo pessoal O aluno Rodrigo Mazzei Wechsler tem 11 anos e sempre teve uma voz grave e rouca. Ao g1, a família do menino contou que ele tem "espírito de artistas" e que não o vê fazendo algo diferente no futuro. “Minhas bandas preferidas são 'Nirvana' e 'Silverchair'. O rock mais pesado me faz sentir mais vivo, sentindo mais a energia das notas. E o que tem de especial é que, através desse estilo de rock, eu consigo sentir mais a energia, mais a vibração da música e me sinto mais feliz”, disse o rockeiro. Rodrigo Mazzei Wechsler é aluno de canto e guitarra na School of Rock de Jundiaí (SP) Arquivo pessoal Rafael Carejon, diretor da escola de música de Jundiaí, é um músico multinstrumentista de 43 anos. Durante sua carreira, ele já fez parte de bandas de tributo ao Bon Jovi, Pearl Jam e de outras referências nacionais e internacionais. “A música faz parte da minha vida desde a infância. Venci muitos desafios para me formar como guitarrista e fiz parte de bandas tributo até que conheci a escola de música em Jundiaí. Lá fui aluno, instrutor e hoje tenho a oportunidade de ser o responsável pela escola, que tem a missão de transformar vidas através do rock", disse. "Ao ver os alunos se expressando por meio da música sinto a realização do propósito do meu trabalho: proporcionar a educação musical por meio de experiências com foco performance, autoconfiança e socialização. Comemoramos juntos cada passo nessa jornada de crescimento e evolução nos palcos", finaliza. Rafael Cajeron durante show da Master Band em Jundiaí (SP) Instagram/Reprodução Para o professor de bateria e instrução musical dos jovens, Caio Cesar Picolotto Grilo, de 51 anos, ver o progressos dos alunos é como ver uma "ascensão" do rock. "Eu amo rock n roll, minha vida é rock n roll e o rock tinha dado uma sumida, mas voltou. Com essa galerinha, vejo o brilho do rock voltando, vejo uma linguagem muito diferente neles. Buscam pensar mais, entender a letra, estudar o rock de fato e, quando a música pede para buscar e estudar, você evolui dentro desse meio, e isso acaba ajudando tanto no dia a dia, para vida social, na escola e, claro, nos palcos", diz o professor. Músicos do interior de SP dão dicas de como fazer 'scream', técnica vocal popular entre os os fãs do heavy metal School of Rock de Jundiaí/Divulgação Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2025/07/13/dia-do-rock-musicos-do-interior-de-sp-dao-dicas-de-como-fazer-scream-tecnica-vocal-popular-entre-os-os-fas-do-heavy-metal.ghtml


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