Agenda de Ação do Brasil para combater as mudanças climáticas é dividida em 6 eixos; conheça

  • 07/11/2025
(Foto: Reprodução)
Na COP30, governo brasileiro apresenta a Agenda de Ação O repórter Vladimir Netto esteve em um ponto turístico de Belém. O Museu Emílio Goeldi é uma das instituições científicas mais antigas e importantes da Amazônia. Foi criado em 1866 e hoje é uma referência internacional sobre biodiversidade, povos indígenas, arqueologia e clima. E é o lar da bela Sumauma, árvore gigante da Amazônia. A partir de sábado (8), o museu vai abrigar mais de 200 eventos paralelos à COP30. É em meio a tantos debates como esses que o governo brasileiro passou os últimos dois anos elaborando uma agenda de ação, em seis eixos. Os melhores projetos vão ser discutidos em Belém. É uma maneira de colocar em prática o que já ficou decidido nas últimas COPs. Um mutirão: quando muita gente se junta para fazer algo grande para comunidade. “A gente já está negociando há muito tempo e, por outro lado, você adiciona o elemento de urgência, ou seja, de que agora a gente já sabe que tem poucos anos para fazer a coisa certa. Você precisa de um esforço coletivo”, afirma André Aranha Corrêa do Lago, presidente da COP30. Trazer para a vida real o que já foi decidido. Implementação. Para organizar essa entrega, surgiu a agenda de ação, que não faz parte da negociação formal. Corre em paralelo. “Agora é um momento de discutir menos. Acho que os acordos já foram feitos lá em Paris. Agora, o foco é a implementação. Um legado é a gente entregar um plano de implementação nos próximos cinco anos, o que a gente tem que implementar nos próximos cinco anos”, diz Ricardo Mussa, coordenador da SB COP. Para isso, a presidência da COP analisou centenas de iniciativas em todo o planeta e definiu 30 grandes objetivos mundiais, com seis eixos de atuação. 1 - Transição nos setores de energia, indústria e transporte Para se afastar dos combustíveis fósseis, por exemplo, vai ser preciso multiplicar o uso de fontes de energias renováveis. E para chegar lá, valem pequenos e grandes projetos, como a produção de um combustível limpo para aviões. “Um querosene de aviação feito de matéria-prima renovável, a partir da agricultura, do plantio de espécies que vão produzir muito óleo. No nosso caso específico, nós estamos plantando macaúba”, diz Marcelo Lyra, vice-presidente da Acelen Renováveis. 2 - Gestão sustentável de florestas, oceanos e biodiversidade Para proteger as florestas e a biodiversidade, projetos de replantio. “Mais de 40 mil hectares de áreas restauradas desde 2010. O equilíbrio ecossistêmico gerado pela vegetação nativa, pelas comunidades nossas vizinhas e pelos nossos plantios. Esse equilíbrio é muito importante”, afirma Clara Cruz, gerente executiva de sustentabilidade da Suzano. 3 - Transformação da Agricultura e sistemas alimentares Para continuar produzindo mesmo com o planeta cada vez mais quente, ajuda da ciência, como o banco genético da Embrapa. “A gente consegue produzir, desenvolver e cultivar variedades que são mais resistentes ou tolerantes às condições climáticas adversas que a gente vai ter no futuro”, conta Juliano Gomes Pádua, responsável pelo banco genético da Embrapa. 4 - Construção de resiliência em cidades, infraestrutura e água Para aguentar o forte calor nas cidades, adaptação. “São quatro nascentes recuperadas. Nós estamos trazendo vida, toda uma biodiversidade de volta. E, hoje, nós lidamos aí com calor, as cidades estão quentes. E como você resolve isso? Plantando”, afirma Meirinalva Maria Pinto, presidente do Instituto Plantadores de Água (Goiânia). 5 - Promoção do desenvolvimento humano e social Para preparar o ser humano, educação. Jovens que debatem as mudanças climáticas em busca de soluções e cobram as autoridades. “A preocupação é urgente. Não dá para viver com dignidade com tanta poluição”, afirma Davi Fagundes, coordenador do projeto Descarbonize Brasília. “É o nosso futuro que está em jogo”, diz a estudante Eduarda Bezerra Ribeiro. “Fazer a nossa parte vai ser melhor para as gerações futuras”, diz a estudante Isabella Almeida dos Santos. 6 - Mobilização E para que tudo funcione, mobilização. “A gente precisa de uma agenda de ação que acompanhe e ajude a implementação dos acordos internacionais a acontecer. Mas a gente também precisa dessa agenda de ação com as pessoas, reconhecendo a ação que as pessoas já fazem nos territórios. O global só vai tomar decisões ambiciosas se o local pressionar. E o local só vai ter garantia de vida, de dignidade, de proteção, se o global se movimentar. Então, não é um ou outro. É tudo junto”, afirma Marcele Oliveira, jovem campeã do clima da Presidência da CO30. As iniciativas que mais deram certo ao redor do planeta serão apresentadas em Belém. Pavilhões irão receber mais de 200 reuniões de alto nível, divididas por dias temáticos. O objetivo é identificar os problemas, os gargalos de cada iniciativa e ver onde é possível ganhar escala para que elas possam ser colocadas em prática em outros países. Ao final, os melhores resultados vão integrar o Celeiro de Soluções da COP. Soluções que continuarão a ser discutidas, aperfeiçoadas e implementadas depois da COP30. Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o termo "mutirão" reflete a diferença entre o momento atual e o passado, na Conferência do Clima no Rio, em 1992. “Noventa e dois ainda tinha aquela sensação de que estávamos fazendo um alerta. Agora, o alerta vem de outra forma. Não há mais como adiar absolutamente nada em relação às ações para o enfrentamento da mudança. Agora é hora de agir com compromisso, solidariedade e senso de responsabilidade. Não podemos esquecer dos problemas e de que existem problemas que só são resolvidos se for por mutirão”, afirma Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. Agenda de ação do Brasil para combater as mudanças climáticas é dividida em 6 eixos Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Na COP30, Lula cita 'interesses egoístas', critica negacionismo e diz que é hora de 'levar a sério' alertas da ciência Cúpula dos Líderes: discursos dão tom de como países abordam questões fundamentais da COP30 Noruega vai investir US$ 3 bilhões no fundo global de florestas proposto pelo Brasil A quatro dias da COP 30 em Belém, mais de 20 países ainda negociam hospedagem; 160 estão confirmados

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/jn-na-cop30/noticia/2025/11/06/agenda-de-acao-do-brasil-para-combater-as-mudancas-climaticas-e-dividida-em-6-eixos-conheca.ghtml


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